sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Quem não tem cisne caça com marreco


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Tudo sobre o que não aconteceu
numa sexta-feira de céu nublado

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Manhã cinzenta de sexta-feira. Da varanda, tento ver a nesguinha de Lagoa Rodrigo de Freitas que integro à minha paisagem se me debruçar bem no parapeito, a milímetros de me estabacar no playground do prédio, três andares abaixo. Quase sempre consigo, como agora; raras vezes me estabaquei.

A pista de pedestres e ciclistas que circunda a lagoa está deserta, posso ver, espionando por entre as copas da dúzia de altíssimos paus-rei que moram bem em frente ao meu prédio, lá no lado ímpar desta Av. Epitácio Pessoa, habitado somente por árvores, gramados, postes, lixeiras públicas, quiosques às moscas ou falidos, cisnes-pedalinho e cocôs de cachorro.

Os pedalinhos estão estacionados lado a lado à beira d'água, de frente para cá e, portanto, de costas para a lagoa. Pensei em pegar minha câmera digital e registrar esse momento singular: os cisnes cabisbaixos, sem crianças pedalando suas vísceras para fazê-los nadar, todos de bunda para aquele monstrengo natalino muquirana que chamam de árvore, a essa hora meio árvore mesmo, descomunal pinheiro seco fincado na água.

Perdi a foto, porque o sol resolveu dar as caras e estragar tudo, alegrando de maneira revoltante a paisagem. Mas já estava perdida de todo jeito, porque câmera digital é um dos 21 bens de primeiríssima necessidade que ainda não comprei, nem ganhei – olha aí, gente que ainda me atura, meu aniversário e o Natal já estão na porta tentando tocar minha campanhia muda!

Para não postar a seco (tão seco como o monstrego apagado) esse texto típico de quem está sem assunto, surrupiei a foto abaixo do fotolog do meu amigo Paulim Saturnino, de Beagá.

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Simpáticos esses marrecos, não? Tão tranqüilos, tão fraternais, assim abraçadinhos à beira da Lagoa da Pampulha. Ou não será a Pampulha? Provavelmente não, pois lembra uma pia. E a Pampulha, dizem amigos de lá, já anda que nem a Rodrigo de Freitas, mais para vaso sanitário que para pia.
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14 comentários:

Anônimo disse...

a árvore da lagoa é linda!!!!!!!
mas sempre tem uns chatos que só sabem ver defeito em tudo.
Eu tinha um tio comunista que era assim,o mundo para ele era um circo de horrores.Já morreu , coitado, provavelmente dessa amargura que ele trazia no coração.
Não volto mais aqui.

anyway... merry christmas to you.

fui!

Tuca Zamagna disse...

Não vejo defeito naquilo. Ao contrário, acho uma bosta perfeita.

Mas, oh, sua decisão de não voltar aqui enche meu coração de amargura!

Rindo de nervoso... ainda disse...

Marrecos são animais terrivelmente, digamos assim, homofóbicos... tive que arrancar-lhes, sem piedade, as cabeças... só aí pude introduzir meu pinto, e cumprir minhas básicas sanhas fisiológicas... quanto à Pampulha, nós, belorizontinos que hoje completamos 112 anos, lutaremos até aos estertores pelo nosso direito de feder mais...

Tuca Zamagna disse...

O Desinformação Seletiva solidariza-se com vocês belzontinos na defesa desse direito líquido, certo e fedorento.

Quanto aos seus inocentes marrecos, viu o frisson que eles causaram nessas duas moças que comentaram aqui? Fazer o quê? Deus não as iluminou com a centelha do bom gosto essencial. Mas esteja certo, Paulim, eles são ainda mais charmosos e belos se comparados aos horrorosos cisnes-pedalinho que assolam a Rodrigo de Freitas.

Sobre a monstrega bradesca: interessaria a vocês tê-la na Pampulha? Caso interesse, eu a enviarei o mais rápido possível por sedex.

Anônimo disse...

Tutuca:

Estes três marrecos acéfalos não seriam, por acaso, o Maurício Assumpção, o André Silva e o Anderson Barros? Me parece que os cérebros desses três são irrigados por ácido úrico. Daí, talvez, a corrosão dos respectivos capacetes...

Quanto à árvore que você pretende enviar para Minas, sendo da Lagoa, é melhor mandá-la por fedex.

Abraços,
Marcelão

PS: Parabéns! O único blog censurado da Famélica Latrina 'tá maneiro.

Tuca Zamagna disse...

Mestre, eu não tinha reparado a semelhança com esse trio rubro-negro. Se você não me dá esse toque, eu iria continuar chamando os três, indistintamente, de Montenegro.

Acabei de tentar enviar a geringonça arbórea pra Beagá via fedex. Valeu o toque, mas o correio não aceitou. No caso dela, só aceitam despachar por merdex, momentaneamente desativado por excesso de remessas. O Lula monopolizou o serviço, mandando milhares de exemplares dos jornalões que lambuzaram a primeira página com as várias merdas literais que ele falou quinta-feira no Maranhão. E mandando, é claro, à merda.

Obrigado pela visita e pelo elogio, grão-mestre do culto Culto Oculto!

Tuca Zamagna disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

vc até escreve direitinho, piacatubense, porém precisa cair sempre no mau gosto? são repugnantes esses seus "marrecos"!!!

Natália F. S.

Tuca Zamagna disse...

Mau gosto, Natália? São tão bonitinhos, acha não?
Por que você não ataca o meu mau gosto de mencionar aquela estrovenga bradesca que deveria estar no Tietê, onde seria muito mais amada e reverenciada, digna que é da falta do que fazer e da cafonice que leva tantos paulistanos a ir pro aeroporto ver avião pousar e decolar?

E os marrecos não são meus, são do Paulim, que é aleijado. Eu, que sou inteiraço, só uso fraldão.

Anônimo disse...

isso de enfiar o pinto nos marrecos, Paulinho, tá cheirando a galinhagem

Helvécio Vieira

Anônimo disse...

a baixaria do post contaminou todos os comentários, não é piacatubense escatológico?

Natália F. S.

Tuca Zamagna disse...

A baixaria está antes de tudo na sua cabecinha, Natália. Porque você bem que gosta, tanto que voltou aqui para comentar de novo.

E qual é o seu problema com Piacatuba? Será você por acaso de Assobiacatrompa ou de Peidacaflauta?

Anônimo disse...

vou insistir!
que merda é essa de ficar excluindo os meus comentários?!?!
TEmos um contencioso a resolver e vc sabe muito bem disso!!!
Seja homem, e assuma suas responsabilidades!!!!!
Se não quer que a "coisa" se torne pública, me procure para uma converssa franca.

Você sabe quem ...

Tuca Zamagna disse...

Tudo na minha vida já nasce público, porque tenho um nome a desmazelar. E você sabe muito bem disso, minha cara "Você sabe quem".

Mas continuarei a excluir ou a rejeitar todo comentário, seu ou de qualquer outra pessoa, que contiver as indecentes expressões politicamente corretas e os clichês bregas que você usa. Só excluí seus últimos comentários porque os liberei sem lê-los até o final. Sem ver que neles você cometia expressões abomináveis como "seu pra lá de maravilhoso membro viril" e "beijos no seu coração".

Beijos no seu pra lá de avariado órgão hepático